A dor de não ter o controle de tudo
- Casa Integrar
- 9 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Por Fernanda Pedroza

Para uma pessoa controladora não ter controle dói, é desesperador. O controle pode ser consequência de diversas vivências de uma pessoa. Em qualquer situação, o controle pode se tornar prejudicial quando faz com que a pessoa deixe de relaxar. O controle excessivo abre caminho para ansiedade e tensão, a pessoa fica hipervigilante, atenta a qualquer coisa que saia de seu controle. Vira um traço obsessivo.
Como eu disse, uma pessoa se torna controladora de acordo com as suas vivências, sendo assim, o meio em que a mesma vive faz toda a diferença. Tive uma paciente, Denise (nome fictício) que vivia em um meio extremamente opressor quando criança. Durante sua infância, foi entendendo que, de alguma forma, a culpa de tudo era sua. Conforme foi crescendo, resolveu isso de maneira simples para a maturidade que tinha: “se a culpa é minha, eu posso mudar e não terei mais culpa.” Simples e prático, não é mesmo? Acontece que ela se colocou em uma emboscada sem saber. Quanto mais ela achava que era a única responsável pelo o que acontecia, mais ela ficava atenta para não falhar e, assim, não sentir mais culpa. Porém a responsabilidade não era só dela, ela não tinha o controle do meio, das pessoas, em sua volta. Por mais que ela buscasse N maneiras diferentes de resolver alguma situação, ela sempre falhava. Não temos como responsabilizar a pequena Denise por agir da maneira em que podia com sua pouca idade. Ela fez o melhor que pôde. Agora enquanto adulta, precisou visitar seu passado para entender o porquê de seu comportamento controlador.
O controle para Denise serve como estratégia de não sentir culpa. Uma estratégia falha, verdade. Mas ela precisou se conscientizar disso. E você? Se acha uma pessoa controladora? Sabe o porquê de ser assim?
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