Como amamos que nos amem?
- Casa Integrar
- 9 de mar. de 2019
- 1 min de leitura
Por Thayz Athayde

As perguntas que fazemos quando amamos são pistas da forma que gostamos de ser amadas.
Por que você me escolheu? Eu sou a mais bonita? Eu sou a melhor? Eu sou suficiente?
A resposta para essa pergunta não existe, ainda que exista a tentativa de responder. Muitas vezes queremos ouvir algo muito específico e isso não significa que a pessoa não nos ama, mas que ela ama da forma dela. Se relacionar na diferença é saber que a pessoa não é e não será aquilo que você quer, mas o que ela pode ser.
Para algumas pessoas amor é sofrimento. Amar pode se tornar um lugar angustiante quando se transforma amor numa batalha interna em que sofrimento é usado como ferramenta de boicote. Há quem queira que a outra pessoa sofra tanto quanto ela como uma "prova de amor".
Para outras pessoas amar pode ser sinônimo de dívida: “te entreguei tudo que nem sequer tinha e agora eu também quero de volta”. Fazer escolhas a partir de uma dívida com o Outro é pagar um preço muito alto. As dívidas afetivas que tomamos para nós ou que cobramos de outras pessoas nunca fecham a equação. Imaginem que essa dívida afetiva seja o X, no final das contas equacionais da vida, o X se transformará em “eu preciso (de) mais” ou “eu preciso dar mais”. O X se torna uma ideal de amor afundado na culpa e impossível de chegar. Porque tentar tamponar a falta do Outro é uma tarefa impossível.
Sofrer é inevitável. Mas não transformar amor em sofrimento pode ser uma escolha possível.
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