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Espelho, espelho meu, existe alguém mais tirana do que eu?

  • Foto do escritor: Casa Integrar
    Casa Integrar
  • 5 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de mar. de 2019

Por Fernanda Almeida Pedroza



Quantas vezes você já ficou remoendo algo que fez? Quantas vezes isso que você fez não era visto como grave por outras pessoas, mas para você era algo imperdoável?

Muitas vezes nos sentimos assim por tentarmos ser perfeita. Por mais que entendamos racionalmente que perfeição não existe. Emocionalmente é insuportável a ideia de falhar ou de não ser amada. Assim, qualquer falha se torna algo imperdoável. As emoções sentidas não param por aí. Com esse medo todo aparece a ansiedade, nos tornamos hipervigilantes, com as antenas bem ligadas para qualquer possibilidade de falha.


E isso se torna um ciclo: maior hipervigilância -> maior percepção de pequenas falhas -> maior culpa -> menor percepção dos acertos -> maior hipervigilância para não falhar mais. E os sintomas aparecem: aumento da ansiedade, falta de sono, taquicardia, estresse, cansaço, etc.

Lembro-me de Julia (nome fictício) que chegou se queixando de ansiedade. Ela tinha diagnóstico de Transtorno do Pânico e já havia ido a vários médicos antes de chegar em meu consultório. Depois que tratamos os sintomas causados pelo Transtorno do Pânico chegamos ao cerne da questão: Julia estava sempre procurando agradar a todos. Seu maior medo era ser rejeitada. Acreditava que quanto mais hipervigilante, menor a chance de falhar e ser rejeitada. Julia acreditava que tinha o controle de tudo, que se alguém não gostasse dela, era porque ela tinha feito algo de errado. Não passava pela sua cabeça a possibilidade de qualquer pessoa não gostar dela por qualquer outro motivo.


Trabalhamos juntas durante alguns meses a ideia de suportar a dor de que nem todas as pessoas irão gostar da gente. Afinal, as pessoas podem não gostar dela, assim como ela também pode não gostar de todo mundo. Julia, assim como nós, não tem o controle de quem vai gostar ou não dela. E, para ela, não ter controle dói. Ela precisou aprender a lidar com a dor de não ter o controle de tudo.


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