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Masculinidades

  • Foto do escritor: Casa Integrar
    Casa Integrar
  • 3 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

A masculinidade, quando vivida de forma rígida, exige provas. Quase como um conto de fadas masculinizado, muitos homens vivem um script no qual devem provar o quanto são bons, autossuficientes, super-homens. No entanto, no conto de fadas há apenas um herói, apenas um super-homem, e assim, a competitividade entre homens é exagerada. Acabam entrando em dinâmicas de relações com outros homens nos quais têm que provar que são mais fortes, mais engraçados, mais sedutores, mais corajosos. As mulheres estão presentes nessa competitividade como objetos a serem disputados – especialmente em relações heterossexuais- e daí surgem cantadas fora de hora, abusos. Afinal de contas, dar uma cantada em uma mulher desconhecida, em uma sociedade patriarcal, é sinal de coragem. E pior, é demarcação de quem têm direito sobre o quê: quem deve ter a atitude e quem deve ser passivo. O problema não é necessariamente a crença de que para ser homem deve se provar algo, conquistar um lugar reservado somente para si O problema é utilizar pessoas como degraus para chegar a esse lugar e ser considerado, enfim, um super-homem. Tratar as outras pessoas como objetos do seu desejo egocêntrico. Ser um super-homem demanda uma força fora do comum, um afastamento nada saudável de si mesmo, de seus sentimentos, de suas necessidades. No fim das contas, ser verdadeiramente um super-homem, é não buscar ser. É se conhecer e compreender que muitas vezes o egocentrismo adoece a si e as pessoas ao redor. Vivemos sim em uma sociedade competitiva, mas as nossas necessidades são variadas e não se resumem a realização pessoal. Além do mais, quem vive demais nos sonhos do futuro se esquece que é no presente que as coisas acontecem.

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