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Vidas negras importam

  • Foto do escritor: Casa Integrar
    Casa Integrar
  • 24 de fev. de 2021
  • 1 min de leitura



Os homens negros são muito mais do que os estereótipos condicionam a pensar. Uma das estratégias do racismo é observar a população negra como um bloco, desrespeitando suas individualidades. ​

​Embora o debate sobre masculinidades negras tenha ganhado projeção nos últimos anos, especialmente com a premiação do filme Moonlight no Oscar, falar sobre homens negros é corriqueiro no Brasil, sempre para explicar sua suposta agressividade, suposta animalidade, sua suposta selvageria. Esses atributos, criados falsamente contribuíram para a construção de um mito de que os homens negros são hipermasculinizados. Todas as características vistas como ruins nos homens são exageradas para se falar de homens negros.

Como uma resposta a pergunta “ quem somos nós” é muito difícil de ser dada, muitos se baseiam nessas características nas suas relações, e acabam assumindo uma personalidade baseada nesses estereótipos. ​Ao mesmo tempo, muitos homens acabam vendo nesses estereótipos uma regra a não ser seguida, e com muita culpa, por serem sempre apontados e discutidos pelos seus erros, acreditam que são realmente um monstro a ser desconstruído. Obviamente que homens negros podem ter comportamentos tóxicos, no entanto, ao vermos os mesmos com a lente da toxidade, deixamos de humaniza-los, e contribuímos para sua animalização.​

​É possível pensar que homens negros podem ser viris, provedores e ainda assim serem bons pais, bons companheiros, bons amigos. As taxas de criminalidade e homicídio demonstram que o corpo do homem negro é um refletor de violência, e assim, é necessário que esses homens reaprendam a se olhar com bons olhos, uma vez que o racismo e o sexismo aprisionam, condicionando pessoas a viverem baseados no olhar do outro.

 
 
 

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